segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O papa agraciado com o milagre


"Em 795, Leão III é eleito papa. Sacerdote de origem humilde e reputação duvidosa, era malvisto pela nobreza. O próprio Carlos duvidava de sua moralidade, tendo em vista que, em uma carta cumprimentando-o pela eleição, pedia que o novo bispo de Roma seguisse escrupulosamente os cânones e as Constituições dos Pais da Igreja; além disso, encarregava o abade Angilberto de garantir pessoalmente que o novo papa "vivesse honestamente". Em 799, Leão III fugiu durante uma revolta de nobres romanos e se refugiou na corte de Carlos. Nesse meio-tempo, espalhou-se o boato de que o pobre papa teve os olhos arrancados e a língua cortada. Essa era uma prática comum para os bizantinos, para tornar inofensivo um adversário político sem se manchar com o pecado do homicídio.
Na verdade, Leão III permaneceu incólume e contou que sua língua e seus olhos voltaram a crescer por milagre."

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